quinta-feira, 19 de maio de 2011

M.



Eu já te pintei de verde, e chamei de esperança.
E sonhei com a felicidade de ter você morando aqui, pertinho da minha casa.
Sonhei com conversas de calçadas e chinelos. Com domingos macios. Com companhia pro café.
Te escrevi pra apertar os laços recém feitos de amizade. E ainda pra acariciar seu coração com aqueles textos dos nossos blogs preferidos.
Então, enfim, te escrevo meu amigo..escrevo com o coração apertado, apertadíssimo.
Pego seu pedacinho que tá aqui no bolso e seguro forte, com as duas mãos. E me sinto uma adolescente por ainda sofrer com mudanças da vida.
Mas te escrevo, escrevo porque preciso que você saiba o tamanho da minha admiração, do meu afeto e do meu amor.
E hoje, te pinto de todas as cores e guardo na caixinha mais preciosa, que é pra não gastar.
Fico aqui, do alto do norte, te segurando, com as duas mãos. E rezando baixinho á noite pra que tudo dê certo. 
E quando vc vier, pode até ser que já não existam cafés ou baldinhos, mas eu vou estar bem aqui, pra gente fazer samba e alegria no coraçao.
- Sorte!

segunda-feira, 2 de maio de 2011

1*


A grama era verde, o pensamento reticências.
Pensava insistentemente se existia gente daquele jeito, gente com saudade de ser só.
Sentir-se só. Deixar-se só.
A solidão nunca a assombrara, nunca.
Ironicamente sempre foi uma boa companhia de fins de tarde, 
de restos de domingos, de goles de cervejas e cafés.
Uma solidão bem-humorada, divertida e com cores em tons pastéis.
Calma, assim, singular mesmo.
Pensou de novo se em algum lugar havia de existir alguém assim.
E então, sentiu-se só, enfim.