sábado, 19 de junho de 2010

eu sei.


Ela tinha as chaves no bolso, entrou sem nada falar.
Sentou-se, serviu-se do café doce e forte.
Foleou uma revista. Deu-lhe as mãos.
E sem nada dizer, caminhou junto. Acordou junto.
Sentiu tudo junto.
Num dia qualquer, disse bom dia e até quis sorrir.
Depois emudeceu.
Mas permanece. E se arrasta por todos os cantos.
Vez ou outra se distrai com algo, mas logo volta, insistente.
Per-sis-ten-te.

Um comentário:

  1. O bom é que nunca é só uma coisa.
    Pode-se entender o mundo com o que escreve.

    ResponderExcluir