A grama era verde, o pensamento reticências.
Pensava insistentemente se existia gente daquele jeito, gente com saudade de ser só.
Sentir-se só. Deixar-se só.
A solidão nunca a assombrara, nunca.
Ironicamente sempre foi uma boa companhia de fins de tarde,
de restos de domingos, de goles de cervejas e cafés.
Uma solidão bem-humorada, divertida e com cores em tons pastéis.
Calma, assim, singular mesmo.
Pensou de novo se em algum lugar havia de existir alguém assim.
E então, sentiu-se só, enfim.
Fez lembrar o que eu tô vivendo e uma das minhas músicas preferidas, Jorge Drexler com Maria Rita, "Soledad". Ouça, vale a pena.
ResponderExcluir"Que raro que seas tú
Quien me acompañe, soledad,
A mí, que nunca supe bien
Como estar solo."
Agora entendo o porquê d'eu gostar tanto assim de você. É bonita também porque me sabe, mesmo de longe. Deve ser lindeza de alma.